domingo, 9 de outubro de 2016

Lixo eleitoral - Rafaella Marques


Lixo eleitoral



   Durante todos os anos eleitorais a história se repete. Basta entramos no período de campanha política para que a cidade seja inundada por santinhos, cartazes, faixas, carros de som, etc e ironicamente os responsáveis por essa sujeira nas ruas são os que  justamente prometem cuidar delas.



(Ruas da favela Estrutural, em Brasília, cheias de cartazes e panfletos eleitorais. 03/10/2010 )


Os dados apresentados pela mestra em direito ambiental Karina Marcus Bedran estão de acordo com informações fornecidas pelo Dr. Paulo Tamburini, juiz auxiliar da Presidência do Tribunal Superior Eleitoral, no painel “Impacto ambiental da propaganda eleitoral”, apresentado no Congresso do TSE de 07 de dezembro de 2012.
 http://www.ambientelegal.com.br/o-lixo-das-eleicoes/
http://veja.abril.com.br/brasil/em-periodo-eleitoral-sujeira-de-campanha-invade-a-cidade/
https://jus.com.br/artigos/8981/a-poluicao-eleitoral-e-o-direito-ao-meio-ambiente-ecologicamente-equilibrado
http://eleicoes.uol.com.br/2012/noticias/2012/07/06/internautas-criam-campanha-contra-lixo-eleitoral.htm

Sem duvidas, os “santinhos” são os mais famosos poluidores desse processo eleitoral. Um simples panfleto com a foto e numero dos candidatos, que distribuído em grande escala, é responsável por muitos estragos, por exemplo:
   “Para cada tonelada de papel produzido, são consumidos aproximadamente 20 árvores e 100 mil litros de água. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral, nas eleições municipais do ano de 2012, foi necessária a derrubada de aproximadamente 600 mil árvores e o consumo de 3 bilhões de litros de água no país para a produção desse material “.
  Além dos casos de pessoas que se machucaram seriamente ao escorregarem nos santinhos descartados – na maioria das vezes - indevidamente pelas calçadas. Uma aposentada, se feriu gravemente ao bater com a cabeça no chão depois de pisar em um desses papeis . Outra pessoa, que ao andar sobre diversos panfletos sofreu fratura exposta.
   Outro exemplo de poluente, porém mais mascarado são ‘inocentes’ carros de som, eles são responsáveis por contribuem para o aumento de CO2 na atmosfera. “Nas Eleições de 2012, o valor declarado na prestação de contas dos candidatos referente ao consumo de combustível e lubrificante equivaleria a mais de 110 milhões de litros de gasolina, que, consumida, geraria cerca de 250 mil toneladas de CO2”
Por esses e outros exemplos de poluição gerada durante as eleições, é obvio dizer, nossos candidatos ainda precisam melhorar muito quanto a forma de campanha. Afinal, que suja antes, vai sujar depois. Sem contar que o mundo vem cada vez mais sofrendo impactos ambientais e cobra conscientização da população, principalmente das autoridades, que ao invés de darem bons exemplos são os que mais mostram descomprometimento com meio ambiente.
Uma solução para esse problema poderia ser utilizando da tecnologia um novo recurso, como o uso da internet e rede sociais. E por mais que a ideia de haver uma campanha completamente livre de papeis e outros poluentes seja utópico, ao menos deveria ser investido numa distribuição ao menos sustentável e inteligente desses materias.

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